O novo acordo ortográfico da língua portuguesa visa unificar a ortografia dos países lusófonos, aproximando as nações, enquanto mantém a pronúncia, vocabulário e sintaxe. As principais mudanças incluem a reintrodução de letras como k, w e y, a remoção do trema em certas palavras, e alterações nas regras de acentuação de ditongos, acentos agudos e circunflexos.
2. O novo jeito de
escrever
O acordo vem para unificar a
ortografia oficial dos países de
língua portuguesa e aproximar
nações.
A pronúncia, o vocabulário e a
sintaxe permanecem exatamente
como estão.
3. Portugal,
Brasil,
Angola,
São Tome e Príncipe,
Cabo Verde,
Guiné-Bissau,
Moçambique e
Timor Leste
4. As Mudanças...
1) Alfabeto
2) Trema
3) Mudanças nas regras de acentuação
Acento Agudo
Acento circunflexo
Acento diferencial
4) Hífen
6. Novo alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras com a reintrodução de
k, w e y
Já era utilizado para símbolos e medidas (km
(quilômetro), kg (quilograma), W (watt));
E para nomes estrangeiros (e seus derivados): show,
playboy, playground, windsurf, kaiser.
8. Trema (¨)
O trema permanece apenas nas palavras
estrangeiras.
Müller
9. Trema (¨)
Não se usa mais trema em cima do u
gue, gui, que, qui.
Com era
o Com fica
o
Agüentar aguentar
Cinqüenta cinquenta
Bilíngüe bilíngue
Lingüiça linguiça
Tranqüilo tranquilo
12. Acento Agudo
Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras
paroxítonas.
Com era
o Com fica
o
Alcalóide alcaloide
Alcatéia alcateia
Andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
Bóia boia
Celulóide celuloide
Colméia colmeia
Heróico heroico
Idéia ideia
13. Ditongo
São vogais que se juntam na mesma sílaba.
sé-rie Pás-coa lei bei-jo
14. Ditongo
Os ditongos podem
ser c re s c e nte s ou d e c re s c e nte s .
O ditongo é decrescente quando a primeira
vogal do ditongo é a mais forte. Exemplos:
he-roi boi cai céu fui
15. Ditongo
O ditongo é crescente quando a segunda
vogal do ditongo é a mais forte. Exemplos:
qua-se goe-la a-quá-rio sa-gui fre-quen-te
16. Tritongos
Existem casos em que três vogais fazem
parte da mesma sílaba.
Pa-ra-guai quais es-piões en-xa-guei a-
ve-ri-guou
17. Hiatos
Quando as vogais se encontram em sílabas
diferentes, embora estejam em sequência, temos
um hia to .
Veja a diferença entre s a i e s a í. Em s a i temos um
ditongo, com as duas vogais na mesma sílaba,
enquanto em s a í temos um hiato, pois as duas
vogais estão em sílabas diferentes (s a -í).
Outros exemplos:
hi-a-to en-jo-o ál-co-ol ba-ú jo-e-lho
18. Oxítona
Palavra oxítona – é aquela que, tendo duas ou
mais vogais, tem o acento tônico na última sílaba.
Exemplos: café, também, acarajé etc.
Palavra paroxítona é aquela que tem o acento
tônico na penúltima sílaba. Exemplos: bola,
rapazola, nível, etc.
Palavra proparoxítona é aquela que tem o acento
tônico na antepenúltima sílaba.
Exemplos: cópia, concórdia, dinâmica, etc.
19. Acento Agudo
Essa regra é válida somente para palavras
paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as
palavras oxítonas terminadas em éu, éus.
troféu, ‘troféus.
Chapéus chapéus
Palavras terminadas em “eu” o plural sempre será
“eus”
20. Acento Agudo
Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento
no i e no u tônicos quando vierem depois de um
ditongo.
Como era Como fica
feiúra feiura
21. Acento Agudo
Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em
posição final (ou seguidos de s), o acento
permanece.
Tuiuiú, tuiuiús,
Piauí.
23. Acento circunflexo
Não se usa mais o acento das palavras terminadas em ôo(s).
abençôo abençoo
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vôos voos
zôo zoo
24. Acento circunflexo
Não se usa mais o acento na conjugação da terceira pessoa do
plural do presente do indicativo dos verbos crer, dar, ler e ver.
Crêem creem Eu- 1ª pessoa do singular
Tu- 2ª pessoa do singular
Dêem deem Ele- 3ª pessoa do singular
Nós- 1ª pessoa do plural
Lêem leem Vós- 2ª pessoa do plural
Vêem veem Eles- 3ª pessoa do plural
26. Acento Diferencial
Não se usa mais o acento que diferenciava os pares:
pára/para,
péla(s)/ pela(s),
pêlo(s)/pelo(s).
27. Acento Diferencial
Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele
pode.
Permanece o acento diferencial em pôr/por.
Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
28. Acento Diferencial
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus
derivados.
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
30. Usa-se o hífen
Usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
31. Usa-se o hífen
Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o
segundo elemento começar pela mesma vogal.
anti-imperialista, anti-inflamatório,
auto-observação,
contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque,
micro-ondas, micro-ônibus,
semi-internato, semi-interno
32. Usa-se o hífen
Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
vice-rei, vice-almirante
33. Usa-se o hífen
Quando o prefixo termina por consoante e o segundo
elemento começar pela mesma consoante.
hiper-requintado, inter-racial, inter-regional,
sub-bibliotecário, super-racista,
super-reacionário, super-resistente,
super-romântico.
34. Usa-se o hífen
Com o prefixo sub, usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por r, b e h:
sub-região, sub-raça, sub-humano, sub-base
Com o prefixo pan, usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por h, m, n e vogal:
pan-americano
35. Usa-se o hífen
Com os prefixos ex, bem, sem, além, recém, pós, pré,
pró, usa-se sempre o hífen.
além-mar, além-túmulo
ex-aluno, ex-diretor, ex-presidente
pós-graduação
pré-história, pré-vestibular,
pró-reitor
recém-casado, recém-nascido
sem-terra
bem-estar; bem-vindo
36. NÃO se usa o hífen
O hífen deixa de ser empregado quando o prefixo termina em
vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial, agroindustrial, anteontem,
antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem,
autoescola, autoestrada, autoinstrução,
coautor, coedição, extraescolar,
infraestrutura, plurianual, semiaberto,
semianalfabeto, semiesférico, semiopaco
37. NÃO se usa o hífen
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e
o segundo elemento começa por consoante diferente
de r ou s.
anteprojeto, antipedagógico, autopeça,
autoproteção, coprodução, geopolítica,
microcomputador, pseudoprofessor,
semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno
38. NÃO se usa o hífen
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e
o segundo elemento começa por r ou s.
Nesse caso, duplicam-se essas letras.
antirrábico, antirracismo, antirreligioso,
antirrugas, antissocial, biorritmo,
contrarregra, contrassenso, microssistema,
minissaia, neorrealismo, semirreta,
neossimbolista, ultrarresistente, ultrassom
39. NÃO se usa o hífen
Nos demais casos não se usa o hífen.
hipermercado, intermunicipal,
superinteressante, superproteção.
40. NÃO se usa o hífen
Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o
hífen se o segundo elemento começar por vogal.
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
41. NÃO se usa o hífen
Não se deve usar o hífen em certas palavras que
perderam a noção de composição.
Girassol Mandachuva
paraquedas
Paraquedista pontapé
42. ntrodução
A palavra crase provém do grego kra s is e significa fusão, junção. Em Português, ocorre a crase
de duas vogais idênticas (a + a = à) . Tal fusão é indicada através do acento grave.
Pode ocorrer a fusão da preposição a com:
a) o artigo feminino a ou as:
Fui a a feira. Retornamos a as praias.Fui à feira. Retornamos às praias.b) o a dos pronomes
aquele(s), aquela(s), aquilo:
Fui a aquele lugar.Fui àquele lugar.c) o a do pronome relativo a qual e flexão (as quais):
A cidade a a qual nos referimos fica longe.A cidade à qual nos referimos fica longe.d) o pronome
demonstrativo a ou as (= aquela, aquelas):
Esta caneta é semelhante a a que me deste.Esta caneta é semelhante à que me deste.Crase da
preposição a com o artigo a(as)
Regra geral: haverá crase sempre que o termo anterior exigir a preposição a e o termo posterior
admitir o artigo a ou as.
Eu me referi a (prep.) a (art.) diretora.Eu me referi à diretora.Fui a (prep.) a (art.) cidade.Fui à
cidade.É fácil constatar nesses casos que houve crase. Se, ao trocarmos o termo posterior por
um masculino correspondente, obtivermos ao, podemos perceber claramente a presença do
artigo e, portanto, da crase antes dos termos femininos.
Eu me referi ao diretor.Fui ao bairro.Veja que, para que ocorra crase, é necessário que o termo
anterior exija preposição a e o termo posterior admita o artigo a. Se um desses fatos não ocorrer,
evidentemente não ocorrerá crase.
Eu conheço a diretora.Eu me refiro a ela.Trocando pelo masculino:Eu conheço o diretor.Eu me
refiro a ele.